Vinte anos após a Cúpula da
Terra, realizada no Rio em 1992, a Rio+ 20 será mais uma oportunidade de
refletir sobre o futuro que queremos para o mundo nos próximos vinte anos.
Nessa conferência, líderes mundiais, milhares de
participantes do setor privado, ONGs e outros grupos se reunirão para
determinar como é possível reduzir a pobreza, promover a justiça social e a
proteção do meio ambiente em um planeta que é cada vez mais habitado.
Segundo Brice Lalonde, esta é uma oportunidade histórica
para desenvolver idéias que possam promover um futuro sustentável - um futuro
com mais postos de trabalho, com fontes de energia limpa, com mais segurança e
com um padrão de vida decente para todos. "O Rio+20 é um dos maiores
encontros mundiais sobre o desenvolvimento sustentável do nossonostempo",
disse Brice.
Mas afinal o que resultou
desta conferencia?
O
Greenpeace classificou como 'patético' o documento final que está sendo
discutido na Rio-20. Em nota,
o movimento afirma que o rascunho do documento pode levar a Conferência sobre
Desenvolvimento Sustentável ser chamada de ‘Rio menos 20’.
“A
negociação que foi até as 3 horas é um texto patético, uma traição, e é por
isso que estamos chamando essa conferência não de Rio+20, mas, talvez, de Rio
menos 20”, acrescenta.
O
Greenpeace defende ainda o ativismo ambiental como caminho para uma maior
mobilização da sociedade e de pressão contra os governos para a implementação
de ações concretas em prol da sustentabilidade.
Está
prevista para esta quarta-feira (20) uma grande marcha de ONGs nas ruas do Rio
em defesa de maiores compromissos dos países na defesa do meio ambiente.
O documento final da Rio+20, intitulado O Futuro que Nós Queremos, foi publicado na página da conferência, nos idiomas oficiais das Nações Unidas – inglês, francês, espanhol, chinês e árabe. O texto é o mesmo, salvo pequenos ajustes que não alteram seu conteúdo, daquele apresentado na terça-feira pela manhã, recebido com vaias no momento da apresentação pelo ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota.
O resultado, em última análise, resume-se a uma longa lista de promessas para avançar para uma "economia verde", que freie a degradação do meio ambiente, combata a pobreza e reduza desigualdades. Não são apontadas origens dos recursos para se realizar essa transformação – os meios de implementação –, o que de certa forma, repete um dos problemas da histórica antecessora, a Rio 92.
Entidades da sociedade civil denunciam o "fracasso" e a falta de ambição da conferência. “O acordo final é abstrato e não corresponde à realidade", afirmou Kumi Naidoo, do Greenpeace Internacional, um dos 36 ativistas que se reuniram com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, na tarde desta sexta-feira, para entregar um documento com críticas das ONGs ao documento.
"O que vemos aqui não é o mundo que queremos, é um mundo no qual as corporações poluidoras e aqueles que destroem o meio ambiente dominam", completou, com a esperada agressividade que marca as posições do grupo.
O resultado, em última análise, resume-se a uma longa lista de promessas para avançar para uma "economia verde", que freie a degradação do meio ambiente, combata a pobreza e reduza desigualdades. Não são apontadas origens dos recursos para se realizar essa transformação – os meios de implementação –, o que de certa forma, repete um dos problemas da histórica antecessora, a Rio 92.
Entidades da sociedade civil denunciam o "fracasso" e a falta de ambição da conferência. “O acordo final é abstrato e não corresponde à realidade", afirmou Kumi Naidoo, do Greenpeace Internacional, um dos 36 ativistas que se reuniram com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, na tarde desta sexta-feira, para entregar um documento com críticas das ONGs ao documento.
"O que vemos aqui não é o mundo que queremos, é um mundo no qual as corporações poluidoras e aqueles que destroem o meio ambiente dominam", completou, com a esperada agressividade que marca as posições do grupo.